Atenção;Este site contém cenas violentas inadequadas para menores de 18 anos e pessoas sensíveis Aqui assuntos policiais são tratados da mais real maneira possível

AMIGOS CHORAM A MORTE DE NETO MARANHÃO;E DESABAFAM PARA O BRASIL

Anônimo | 10:14 |


A morte de Neto Maranhão foi em vão. Fruto do desleixo, poderia ter sido evitada. Outras podem acontecer, já que jogadores não se submetem a exames básicos. Mas ninguém se preocupa com isso. O que importa é que a arena de R$ 400 milhões de Natal está bem, obrigado…

Mais uma morte no futebol brasileiro. Revoltante, por ser evitável. O desleixo cerca por todos os lados a tragédia. Desta vez ela aconteceu em Mossoró. O Potiguar treinava ontem com o sol fortíssimo. A temperatura beirava os 34 graus. O time se preparava para a estreia no estadual do Rio Grande do Norte. O calor era sufocante. O treino foi paralisado para os jogadores tomarem água. Neste instante, o volante de 28 anos Neto Maranhão caiu. E começou a ter uma parada cardiorrespiratória. Foi aí que a sucessão de absurdos veio à tona. Não havia um médico acompanhando o treinamento do time profissional. Nem um enfermeiro, ninguém ligado à área médica. Aliás, o Potiguar não tem um médico contratado. Tem apenas um urologista que presta auxílio de vez em quando. De vez em quando. Amadorismo inaceitável.

Os jogadores cercaram o colega que estava morrendo e não sabiam o que fazer. Desesperados passaram a abaná-lo. Um membro da Comissão Técnica tentou improvisar uma massagem cardíaca. Não deu certo. Foi quando se decidiu levar o jogador ao hospital mais próximo. Não havia sequer maca. Os atletas carregaram Neto Maranhão pelas pernas e braços. Uma cena terrível, vergonhosa.

Lembrava alguém atingido por uma bala perdida na rua. Nunca em um treino de uma equipe profissional. Roque Alves de Lima Neto chegou morto ao Hospital Regional Tarcísio Maia. A situação ficou pior. Foi revelado que o jogador já havia tido problemas cardíacos no seu antigo clube. No ano passado chegou a ser hospitalizado por isso. Na época, atuava pelo Biguaçu de Santa Catarina. A direção do Mossoró sabia do caso. Mesmo assim não fez qualquer exame cardiológico em Neto Maranhão. E em vários dos seus jogadores. Providência mais do que obrigatória. O dirigentes disseram que acreditaram em alguns exames levados pelo jogador. E o que contou foi a palavra do atleta dizendo que estava tudo bem. Revoltante.Deixar um jogador que precisava trabalhar dar o veredicto se podia ou não atuar. Lógico que a tendência era dizer que estava tudo bem. Todos no Mossoró deveriam fazer os exames obrigatórios para um atleta. Principalmente Neto Maranhão. Só que o clube alegando falta de estrutura financeira, separou os atletas. E os exames estavam começando a ser feitos. Aos poucos. Mesmo assim, o time estava treinando. No clima senegalesco de Mossoró no verão. Sem médico, enfermeiro, sem exames ou mesmo um desfibrilador por perto. O bizarro continua. O Sindicato dos Atletas Profissionais do Rio Grande do Norte tomou uma atitude diante da morte. Denunciou que quase todos os clubes do estado passam por essa situação. Mais de 400 atletas estão se preparando para jogar o Estadual. Muitos sem qualquer exame médico. A temperatura neste estado nordestino fica em média com 37 graus em janeiro. É um absurdo o Estadual começar nestas condições. Outras mortes podem acontecer. A cúpula do sindicato fez um apelo ao Ministério Público. Quer que enfrente a Federação Potiguar e adie a rodada de abertura do torneio. E exija que todos os atletas do Estado passem por exames médicos. Só que há uma grande inimiga. A Federação Potiguar quer que seu torneio comece. Por compromissos com televisão, com patrocinadores. A briga virou política.E há muita chance do torneio começar sem inúmeros atletas fazer exames obrigatórios. A morte de Neto Maranhão revela os absurdos de um estado que está envolvido com a Copa. O Potiguar é uma equipe da principal divisão do futebol do Rio Grande do Norte. Natal terá a Arena de Dunas. Ela custará aos cofres potiguares nada menos do que R$ 400 milhões. Um disparate, já que vários clubes não possuem dinheiro para contratar um médico. Neto Maranhão mostra o que Fuleco nenhum consegue esconder. A injustiça imposta pela Fifa: a construção de 12 arenas para o Mundial. R$ 400 milhões fariam um bem incrível à população do Rio Grande do Norte. Aos clubes profissionais com estrutura amadora. Mas os políticos de Natal lutaram e comemoraram Natal na Copa. E é o dinheiro público que bancará a nova arena. Quando acabar o Mundial de 2014, ela será um assumido elefante branco. A Arena das Dunas e seus 42 mil lugares é gigantesca para Natal. O futebol do Rio Grande do Norte é fraco demais, amador. Assim como o do Amazonas, de Mato Grosso e de Brasília. Mais de um bilhão e duzentos milhões de reais desperdiçados. Tivesse dinheiro para pagar um enfermeiro de plantão, o Potiguar poderia ter salvo Neto Maranhão. É essa sensação de irresponsabilidade. Falta de bom senso. E até de humanidade que marca mais essa morte. Um trabalhado morreu por desleixo de sua empresa que o contratou. Fosse em qualquer lugar do mundo, essa empresa estaria perdida. Com direito a um processo milionário. Menos no Brasil. Ainda mais no futebol. Os dirigentes do Potiguar vão dizer que não passou de uma tragédia vinda dos céus. E ponto final. Mas não foi assim. Neto Maranhão foi apenas mais uma vítima do descaso. Das péssimas condições que milhares de jogadores estão submetidos no Brasil. Pena que todos fixam os olhos em São Paulo, Rio, Minas e Rio Grande do Sul. Os outros estados, principalmente do Norte e Nordeste, são abandonados à própria sorte. Sorte que de vez em quando costuma falhar. Foi o caso do volante do Potiguar. A direção do clube quer oferecer algum dinheiro à família do jogador. E depois quer que a vida siga. Sem processos e lembrando que o importante é que o Brasil é o País da Copa. A Federação Potiguar quer o início do seu estadual neste final de semana. De qualquer jeito. Fazer um minuto de silêncio e pronto. Exigir exames, médicos acompanhando os treinos dos times? Nada disso. Quer os times em campo, estejam como estiver. O Brasil é um país muito atrasado. E que maltrata demais a sua população. Neto Maranhão está morto graças ao desleixo. Do seu clube, da Federação Potiguar, da CBF. De que adianta um patrimônio que beira os R$ 300 milhões, Marin? Se jogadores morrem sem ter o direito de um atendimento médico. E são carregados por companheiros, sem a dignidade de uma maca? Como o presidente da CBF pode dormir tranquilo? Descanse em paz, Roque Alves de Lima Neto. Infelizmente, sua morte foi em vão. Mais uma. O preocupação da CBF e dos políticos do Rio Grande do Norte é bem outra. A arena de R$ 400 milhões de Natal vai bem, obrigado. É isso que importa...Portal A Desgraça Com Informações De Cosme Rímoli: esportes.r7

Veja Outras Matérias Abaixo:

Seja Profissional Indique Á Fonte Correta; :
Plágio é crime,Veja;No campo penal: “Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003). Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003). § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003). Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)”.Fonte;Portal A Desgraça