VÍDEO: jornalista "compra" número de CPF de policial militar alagoana e tem acesso ao Infoseg
Foi através de um desses hacker que o repórter Fábio Diamante pagou o valor exigido – R$ 2 mil – depositado em uma conta bancária de uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF) em nome do instrutor de auto-escola Roque Marques Rodrigues, morador da cidade de Santo Antônio de Jesus, no interior da Bahia. Após a confirmação do pagamento o hacker liberou a senha e para a surpresa do jornalista, eram os dados da policial Luciana Marques, da Polícia Militar (PM) de Alagoas, que nega qualquer envolvimento com o esquema criminoso. Luciana, que durante sete anos esteve lotada no 5º Batalhão da Polícia Militar (5º BPM), localizado no Complexo Benedito Bentes, parte alta de Maceió, atualmente trabalha no Centro Integrado de Operações da Defesa Social (CIODS), considerado o “cérebro” da Polícia Civil (PC) e Polícia Militar. A senha da Rede Infoseg é privativa apenas para promotores de justiça, magistrados e policiais que trabalham diretamente com crimes (homicídios, roubos, assaltos, fraudes). Consta na página oficial da rede Infoseg que o processo de integração nacional de informações de segurança pública e justiça nasceu da junção de iniciativas pontuais entre os estados da federação, todas, focadas em suas particularidades regionais e ainda baseada na experiência de órgãos federais que, por sua atuação nacional, já buscavam também ter as informações de âmbito nacional de alguma forma integradas. Atualmente, a Rede Infoseg já conta com mais de 120 mil usuários de 200 órgãos federais e estaduais que acessam via Internet, cadastrados por gestores e coordenadores designados por cada órgão que necessite consultar essas informações para a produção de seus trabalhos de investigação, fiscalização e produção do conhecimento. A equipe de jornalismo do SBT – já alertada pelo hacker que a senha somente teria validade por trinta dias – viajou até Maceió onde tentou falar com a policial militar Luciana, que só atendeu o jornalista por telefone. Residente no Condomínio Bosque das Palmeiras, a pfem (policial feminina) disse que já teve acesso a rede, mas tá com muito tempo que foi “desabilitada”. “Eu tinha, hoje em dia tenho mais não”, disse Luciana que ainda de acordo com a reportagem, em nenhum momento procurou saber como foi que o jornalista havia conseguido burlar a segurança da Secretaria Nacional de Segurança Pública. De Maceió a equipe do SBT viajou até a Bahia, onde foi a casa do titular da conta que o dinheiro do esquema foi depositado. Roque Marques é instrutor de auto-escola e atendeu a reportagem desconfiado. Ele também disse que não sabia que assunto era esse e desmentiu que em sua conta houvesse sido depositado os R$ 2 mil. Roque levantou a suspeita que seu nome e conta bancária estão sendo usados por golpistas. Mas a surpresa ainda estava por acontecer. Logo após os jornalistas deixarem a humilde residência do “dono” da conta em que foi depositado o dinheiro, o acesso a Rede Infoseg, com os dados da policial militar Luciana, foram bloqueados.
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